No Brasil, o censo é um grande empreendimento, tendo em vista que
o universo a ser pesquisado está distribuído ao longo dos 8.514.876,599
km2 de um território heterogêneo e, muitas vezes, de difícil
acesso. Além disso, seu custo depende criticamente do nível de
organização e planejamento. Vale lembrar que as atividades que
uma operação desta natureza engloba começam bem antes do
período de coleta das informações, estendendo-se por meses à frente.
Portanto, para que seja feito um trabalho de excelência, que culmine com
a produção de informações precisas, úteis,
relevantes, oportunas e confiáveis para a sociedade, necessita-se de um
investimento financeiro bastante significativo.
O orçamento referente aos Censos 2007 foi estimado considerando-se uma
operação plurianual. Assim sendo, ele está distribuído
por atividades ao longo dos três anos, visando à conclusão
de diferentes fases da operação. A etapa mais dispendiosa é,
sem dúvida, a da coleta de dados que representa 70% da estimativa de gastos.
Como os dados são coletados no segundo ano do projeto, este é o
período de maior absorção dos recursos.
Para a operação conjunta do Censo Agropecuário e da Contagem da População em 2007, a previsão total dos gastos demandada pelo IBGE aos órgãos superiores competentes é aproximadamente R$ 600 milhões. Entretanto, vale atentar que dos R$ 493 milhões previstos para 2007, apenas cerca de R$ 335 estão contemplados na proposta orçamentária encaminhada pelo Poder Executivo ao Congresso Nacional.