Os censos pertencem a toda a sociedade. Para assegurar que a demanda de informações dos diversos setores seja contemplada por essas pesquisas, o IBGE realiza consultas a comunidades de especialistas e a outros grandes usuários dessas informações censitárias. Esta iniciativa vai garantir, no futuro, a eficácia dos resultados das pesquisas e conseqüentemente uma utilização mais efetiva por parte dos diversos usuários.

Além do Censo Agropecuário e da Contagem da População serem levantamentos considerados como a base das demais pesquisas realizadas pelo IBGE, externamente eles costumam despertar interesse de diversos setores da sociedade. Seus resultados servem a variados usos, que vão desde estudos acerca dos setores de produção, agroindústria e comércio; às pesquisas socioeconômicas, até à consolidação de políticas públicas, a partir de análises e de indicadores gerados por estas estatísticas.

Esse amplo espectro de interesses pelos dados agropecuários e populacionais suscitou no IBGE a necessidade de interagir com pesquisadores e usuários diretos dessas informações, a fim de que o desenho das estatísticas acompanhe demandas reais de questões para as quais os censos podem fornecer as melhores respostas. Para esse desafio, a Instituição articulou-se com diversos setores, montando uma extensa rede de pesquisadores nos temas em foco.


Os Parceiros Externos

Além de consulta a usuários em agropecuária e demografia, foram criadas duas comissões consultivas que representam o elo institucional entre o IBGE e a sociedade. Elas assessoram o IBGE no planejamento dos Censos 2007, particularmente nas definições relativas aos conteúdos a serem investigados, aos métodos de apuração de dados e aos planos de divulgação dos resultados.


Comissões Consultivas

Estas comissões são presididas pelo titular da Diretoria de Pesquisas do IBGE, e contam com a participação de representantes de instituições de pesquisas, universidades, órgãos públicos e das diferentes instâncias de governo.


São membros das Comissões Consultivas dos Censos 2007 nas decisões relativas:

" ao Censo Agropecuário

Alberto Di Sabbato (Universidade Federal Fluminense-UFF), Ana Célia Castro (Departamento de Desenvolvimento, Agricultura e Sociedade do Instituto de Ciências Humanas e Sociais da Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro-DDAS/UFRRJ), Antônio Carlos Laurenti (Instituto Agronômico do Paraná-IAPAR), Charles Curt Mueller (Universidade de Brasília-UnB), Gervásio Castro Rezende (Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada- Ipea), Guilherme Leite da Silva Dias e José Eli da Veiga (Universidade de São Paulo-USP) e Magda Aparecida de Lima (Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária-Embrapa/Meio Ambiente/SP).

" à Contagem da População
Elisa Maria da Conceição Pereira Reis (Instituto de Filosofia e Ciências Sociais da Universidade Federal do Rio de Janeiro-IFCS/UFRJ), Elza Salvatori Berquó (Centro Brasileiro de Análise e Planejamento-Cebrap/SP e Comissão Nacional de População-CNPD/DF), José Alberto Magno de Carvalho (Centro de Desenvolvimento e Planejamento Regional-Cedeplar/MG), Ricardo Paes e Barros (Instituto de Pesquisas Econômicas Aplicadas-Ipea/RJ), Tânia Bacelar de Araújo (Universidade Federal de Pernambuco-UFP) e Wilton de Oliveira Bussab (Fundação Getúlio Vargas-FGV/SP).


Especialistas e usuários


Nos Censos 2007, o IBGE mantém a tradição de estender a consulta aos centros de pesquisa e universidades. Além de interlocutores, esses especialistas constituem parcela relevante dos usuários do IBGE.

Neste grupo de interlocutores técnicos estão inseridos os órgãos regionais de estatística, responsáveis pela área de planejamento de governos estaduais e municipais, dentre os quais, no caso da Contagem da População podem ser citados: o Iplan-Rio e a Fundação Cide, no Rio de Janeiro; a Fundação Seade e a Emplasa, de São Paulo; o Cedeplar, o Prodabel, a Fundação João Pinheiro e o Ipead, em Minas Gerais; a Metroplan e a FEE, no Rio Grande do Sul; o Ipardes, no Paraná; o Inplance, no Ceará; a Sei, na Bahia; a Codeplan, no Distrito Federal; o Ipesp, no Pará.

Já com relação ao Censo Agropecuário 2006 também podem ser elencados neste rol a UFF, o DDAS/UFRRJ e o Ipea, no Rio de Janeiro; o Iapar, no Paraná; a UnB, em Brasília; a USP e a Embrapa/Meio Ambiente, em São Paulo.


Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação (FAO)


A FAO também tem um papel importante na definição do conteúdo a ser investigado no Censo Agropecuário. Este organismo é responsável por conduzir as atividades internacionais direcionadas à erradicação da fome no mundo. Trata-se de uma fonte de conhecimento e informação sobre o tema. Por esta razão ela recomenda linhas gerais de investigação a serem incorporadas na pesquisa, com o intuito de obter informações estatísticas de natureza semelhante nos diversos países que lhe são signatários.

Para a rodada de 2010, que cobre o período de 2005 a 2014, além dos aspectos estruturais de lavouras e criação de animais, a expectativa é de que sejam coletadas informações sobre o gerenciamento do uso da água. E isto deve ser feito mediante o levantamento de informações sobre irrigação, produção agrícola, agricultura orgânica, organismos geneticamente modificados e sobre a utilização de práticas alternativas na agricultura.

Outra proposta da FAO para estes censos é avaliar o perfil de organização da atividade agropecuária. O Censo Agropecuário incorpora esta demanda, incluindo uma avaliação dos padrões de trabalho nos estabelecimentos agrícolas, bem como a dinâmica e remuneração da mão-de-obra no campo, além do papel da mulher à frente da atividade agropecuária.